terça-feira, 17 de maio de 2011

Canção de Exílio: uma ode à amizade

Minha terra tem amigos,
aos quais canto sem parar.
Canto alto, e com espanto,
vejo-os todos a chorar.

Choro junto, e com desgosto,
ponho-me logo a contar.
Conto as horas, conto os dias.
Quando, enfim, eu vou chegar?

Espanto-os todos, e com esmero,
põem-se eles, também, a cantar.
Canto junto e companheiro,
nunca deixem de cantar.

Sorriem todos, e com saudade,
começo eu, a lhes contar:

"Amigos,
hoje, com orgulho,
venho essa terra conquistar.
Terra essa que, com respeito,
minhas lágrimas, um dia, haverá de enxugar."